data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
Bombeiros que atenderam a ocorrência de engasgamento de recém nascido. Sd. Dos Anjos (a partir da esq.), Sd. Marafiga e Sgt. Santana
No último sábado, o 4º Batalhão de Bombeiros Militar de Santa Maria, atendeu uma ocorrência de salvamento de um recém-nascido, vítima de engasgamento. A atuação rápida da equipe e a ação imediata dos pais da criança foram fatores que ajudaram na situação. O trio que atuou no salvamento conta como foi a situação e, ainda, dá dicas de como proceder em casos semelhantes.
Segundo o Sargento Carlos Alberto Martins Santana, que atua há mais 30 anos como bombeiro, o primeiro passo a fazer é acalmar a pessoa que está ligando para que as instruções possam ser repassadas. Ele explica que, infelizmente, durante a madrugada o regimento atende muitos trotes:
- Há muitas ligações que são trotes, então é preciso ter cautela no atendimento.
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Foi o caso do último final de semana quando atendeu o pai do bebê ao telefone: após ser informado que a família mora no sétimo andar, Santana pediu para o pai descesse com a criança e esperasse em frente ao prédio, para a equipe otimizar o tempo. Quando os outros bombeiros chegaram ao local, a família já esperava com a criança do lado de fora do prédio. Nesse momento o soldado Lucas Cecchin Marafiga pegou o recém-nascido, colocando-o no antebraço para o atendimento inicial:
- A criança estava imóvel, quando peguei ela para fazer a avaliação e iniciar as manobras de desengasgo, ela veio a tossir e depois veio a chorar - explica Marafiga.
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style="width: 50%; float: right;" data-filename="retriever">Nesse mesmo dia, o soldado Elvis dos Anjos Silva, atendeu a ocorrência junto com Marafiga. Ele relembra que quando ouviram a criança chorar se sentiram aliviados e contentes por ver que a criança estava bem. No vídeo abaixo, veja os três relembrando o caso. Os profissionais ainda dão dicas de como agir em casos de engasgamento:
Ao final do atendimento, a criança foi levada para o hospital, para uma avaliação médica, praxe em casos assim.
Os bombeiros explicam que para crianças de até doze anos, a manobra de Heimlich (nome do procedimento) é aplicada de maneira diferente de adultos.
COMO AGIR
O Corpo de Bombeiros alerta que para usar os dedos para ajudar no desengasgamento, é preciso que o corpo estranho possa ser visualizado pela boca e que se consiga retirar com os dedos em forma de pinça, caso contrário o objeto poderá descer e obstruir ainda mais as vias respiratórias. Para identificar o engasgamento é preciso ficar atento aos sinais:
- Face de choro sem som
- Lábios e extremidades arroxeadas
- Face vermelha
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Eles contam que quando as crianças estão na chamada fase oral (bebês que levam objetos à boca), o cuidado precisa ser redobrado. Para evitar acidentes como engasgamento, é importante se certificar que a criança arrotou após a amamentação, cuidar a posição que a criança está dormindo, não deixar ao alcance delas objetos pequenos, como moedas, e evitar dar brinquedos em que peças possam ser engolidas.
Segundo dados do Corpo de Bombeiros em 2018, sete ocorrências foram atendidas referentes à obstrução de via aérea por corpo estranho, sendo uma com óbito, e em 2019 houveram duas chamadas.
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O Corpo de Bombeiros afirma que é muito importante entrar em contato pelo 193, para que o bombeiro telefonista passe as primeiras instruções enquanto uma equipe vai até o local.